Tecnologia de convivência com o Semiárido, o ecofogão facilita a vida no Semiárido nordestino. Quem tem usa menos lenha, carvão e gás de cozinha para preparar alimentos. O tempo de cozimento também é menor.
O equipamento reduz os poluentes emitidos no ar, o que é importante para a saúde das famílias agricultoras, e diminui a retirada de lenha da Caatinga. Ele funciona com vegetação secundária, ou seja, restos de madeiras e materiais alternativos, como é o caso do sabugo de milho.
Feito a partir de uma chapa de ferro sobre uma caixa metálica, o ecofogão chamou a atenção de mulheres que vivem em Piranhas, no Semiárido de Alagoas. Isso porque elas tinham a árdua tarefa de coletar lenha na mata para, muitas vezes, preparar alimentos inalando fumaça.
A economia na renda da família também pode ser boa: “Depois desse fogão aí eu não comprei mais um saco de carvão na minha vida, desde que começou a funcionar; aqui era a cada 20 dias um saco de carvão que eu tinha que comprar. Ele não deixa um mundo de fumaça dentro da casa, nem deixa as panelas pretas”, conta o agricultor Esmerino de Oliveira, que passou a contar com o equipamento em sua casa.
Limpar a fuligem por debaixo da chapa, diariamente, faz bem para a manutenção da tecnologia. Outra dica é a higienização da chaminé, que pode ser feita a cada três meses.
O ecofogão foi uma das tecnologias sociais mais reaplicadas em Piranhas, no âmbito do projeto Sistematização e Implementação de Tecnologias Sociais para a Convivência com o Semiárido. No total, 20 famílias escolheram 13 diferentes tecnologias.
Apesar de figurar entre as menos conhecidas entre os envolvidos, o equipamento foi o segundo da lista, atrás apenas do desvio automático das primeiras águas da chuva.
Ecofogão é opção para quem quer cozinhar gastando menos no Semiárido. Foto: Programa Semear/ Manuela Cavadas
Ecofogão construído em Piranhas. Foto: Publicação Convivência com o Semiárido Brasileiro – Reaplicando saberes através de tecnologias sociais
